Coleta Seletiva
Coleta Seletiva
Publicado em 09/07/2019 13:46
Não se limitando em cumprir seu trabalho de manter a cidade limpa, alguns funcionários da empresa, já preocupados com a destinação correta dos resíduos coletados, começaram a trabalhar em busca de soluções adequada para os materiais (papel, plástico, vidro, metal, etc.). A idéia surgiu a partir de uma reportagem publicada na revista Veja (abril/89) sobre a coleta seletiva na cidade de Curitiba. A partir daí, criou-se toda uma campanha para que o sonho se tornasse realidade. Com o apoio da diretoria, foram feitos contatos com os pioneiros. Procuraram-se outras experiências, através de visitas e estudo das viabilidades de implantação do programa no município.
Em julho de 1991, foi realizado o primeiro levantamento gravimétrico da cidade, onde se constatou um grande número de materiais potencialmente recicláveis. Levantadas as possibilidades, foi elaborado um questionário/pesquisa, a ser aplicado aos moradores, para saber seus hábitos, conhecimentos e formas de destinação do lixo. Outra questão levantada na pesquisa era saber do interesse em colaborar na separação dos resíduos em casa, em inorgânico-recicláveis (papel, plástico, vidro e metal) e orgânico-molhados (restos de comida, cascas de frutas e legumes, lixo de banheiro, pó de varrição e outros). A pesquisa foi realizada nos bairros: Centro, Pará, Moinho Velho, Vila Lucindo Gomes, Alto Nova Vista e 14 de Fevereiro. Para surpresa, percebeu-se que a mudança nos hábitos de consumo e participação nas soluções não era só da empresa. Em todos os bairros o percentual de pessoas que responderam sim foi superior a 85%, variando até 99%. A população também tinha interesse em conhecer e participar deste trabalho em benefício do meio ambiente. A elaboração dos roteiros, divulgação e conscientização sobre como separar, acondicionar e disponibilizar o material reciclável nos dias e horários da coleta, ficou a cargo dos funcionários da empresa. A partir daí, deu-se início às campanhas de conscientização, com educação ambiental nas escolas, comércios e de porta a porta nas casas e associações de bairros, onde foi implantado o programa.
Inicialmente a coleta seletiva atendia a uma área piloto nos bairros: Centro, Pará, Moinho Velho, Vila Lucindo Gomes, Alto Boa Vista, 14 de Fevereiro, atendendo 9.768 pessoas, 9,8% da população. O material coletado era levado para o Centro de Triagem, criado simultaneamente à implantação do programa de coleta seletiva, localizado no bairro Belo Vista, com uma área aproximada de 3000m² que, no início, tinha apenas um galpão precário e uma prensa hidráulica para enfardamento dos materiais separados pelos próprios funcionários da Itaurb. Após o trabalho de implantação nos primeiros bairros, a repercussão e aceitação da comunidade foram tamanhas que os próprios moradores começaram a cobrar a coleta em seus bairros. Verificou-se também a necessidade de colocar à disposição da comunidade alguns locais onde as pessoas pudessem levar os recicláveis por elas gerados. Foram implantados, em vários pontos da cidade os Postos de Entrega Voluntária. Estes postos foram construídos pela própria Itaurb, a partir de containeres e caçambas tipo Brooks que foram reformados e pintados com layout diferenciado para incentivar a comunidade a participar do sistema. Atualmente estes postos foram abolidos. A coleta seletiva de Itabira vem se expandindo gradativamente e, hoje, atinge 100% das residências do perímetro urbano do município e em algumas áreas da comunidade rural.
Abrangência: Zona urbana e parte da zona rural;
Freqüência: semanal nos bairros e diária no centro da cidade;
Mão-de-obra: Trabalhando coletores e motoristas dos caminhões;
Equipamentos: Três caminhões baú;
Peso/dia (média): Aproximadamente oito toneladas.

por Comunicação